Acidente envolvendo viatura e carro particular deixa feridos na BA-052

Acidente envolvendo viatura e carro particular deixa feridos na BA-052

Segundo informações, um grave acidente envolvendo um carro e uma viatura deixou pelo menos quatro pessoas feridas na BA-052 entre os municípios de Ipirá e Feira de Santana.
De acordo com os relatos de populares,os veículos colidiram de frente, dentro do carro particular, tinha o condutor e uma mulher e na viatura, da policia civil do município de Pintadas, tinha dois policiais à bordo.  De acordo com as informações, o condutor do carro particular é grave e o mesmo foi socorrido por uma ambulância para um hospital da cidade de Ipirá.
Até o momento do fechamento desta matéria, não haviam informações sobre o estado de saúde de todas as vítimas envolvidas no acidente.
O trânsito no local nos dois sentidos ficou interrompido.

EPCL está recebendo curriculos de Pessoas Portadoras de Deficiência em Itaberaba

EPCL está recebendo curriculos de Pessoas Portadoras de Deficiência em Itaberaba

A EPCL – Empreendimentos, Projetos e Construções Ltda, está recebendo currículos na cidade de Itaberaba.
As vagas são exclusivamente para Pessoas Portadoras de Deficiência, conforme previsto na lei 8.213/1991.
Interessados, deverão deixar currículo identificado com a sigla PCD, na portaria da empresa, que fica localizada  na Avenida Flaviano Guimarães, 1240, Bairro: Escurinha, próximo à loja de materiais de construção Ancora,  ou através do site www.epcl.com.br no campo Trabalhe Conosco até o dia 03 de novembro.


Item do edital desperta suspeitas de candidatos do concurso de Iaçu

Item do edital desperta suspeitas de candidatos do concurso de Iaçu

A prefeitura Municipal da cidade de Iaçu, município localizado a aproximadamente 280 Km de Salvador divulgou na semana passada as inscrições para o concurso publico para o preenchimento de 520 vagas do quadro permanente em diversas áreas em  níveis de escolaridade, fundamental, médio e superior.
A notícia foi bem recebida por muita gente, mas também, despertou a desconfiança dos concurseiros.
Ao ler as normas do Edital 01/2016, mais especificamente na pagina 12, no item 3.12, a norma afirma que " O valor referente ao pagamento da taxa de inscrição não será devolvido em hipótese alguma" .
Para os candidatos, a clausula  é suspeita e não oferece segurança nenhuma para os concursandos, que correm o risco de ficar no prejuízo moral e material em caso de problemas com o certame.
edital
Clausula 3.12 : O valor referente ao pagamento da taxa de inscrição não será devolvido em hipótese alguma.
As inscrições estão previstas no Edital para ocorrer  até o dia 31 de outubro. E as oportunidades são para todos níveis de escolaridade, com salários que chegam a R$ 3.450. A taxa de inscrição vão de R$ 55 a R$ 85.  As provas acontecem no dia 4 de dezembro.
Para nível fundamental, há vagas para auxiliar de serviços gerais (150), eletricista (5), gari (60), motorista - categoria "D" e "E" (10), motorista - categoria "D" (20), pedreiro (8), vigia (34), agente comunitário de saúde (1), operador de máquinas pesadas (5), lavadeira - Secretaria da Saúde (5), e jardineiro (5).
Para nível médico e técnico, as vagas são para agente administrativo (17), digitador (10), fiscal de tributos (4), fiscal de obras públicas (1), auxiliar de laboratório (1), auxiliar odontológico (4), auxiliar de classe (40), recepcionista (8), técnico em enfermagem (20), técnico em laboratório (1) e técnico em agropecuária (1).
Por fim, para vaga de nível superior, as vagas são para enfermeiro (10), pedagogo (1), nutricionista (2), psicólogo (2), assistente social (4), educador físico (1), engenheiro agrônomo (1), farmacêutico bioquímico (1), advogado (3), controlador interno (1), fisioterapeuta (2) e professor nas disciplinas de história (3), geografia (3), português (5), matemática (4), educação física (2), biologia (3), além coordenador pedagógico (10) e pregoeiro (2).
Interessados devem se inscrever pelo site da organizadora (clique aqui). Candidatos passarão por prova objetiva, de títulos, de sanidade física e mental.
Ruy Barbosa perdeu 47 postos de trabalhos com carteira assinada no mês passado

Ruy Barbosa perdeu 47 postos de trabalhos com carteira assinada no mês passado

Os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (25) apontam que o município de Ruy Barbosa fechou o mês de julho com saldo negativo em geração de empregos com carteira assinada.
De acordo com as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no mês passado as demissões superaram as contratações e fechou o período com 47 postos de trabalhos formais a menos.
Os números apontam que o setor que mais demitiu no município foi a industria, que no período contratou 35 profissionais e demitiu   76, resultando na variação absoluta de -41 postos de trabalho no setor.
No mesmo período, o comércio perdeu 4 postos de trabalho e o setor de serviços perdeu 2 postos de trabalhos formais.
Simões Filho: Suspeito de participar de morte de policial morre em confronto

Simões Filho: Suspeito de participar de morte de policial morre em confronto

Um dos suspeitos de participar da morte do policial militar Fabiano Miranda Gomes dos Santos, 25 anos, morto a tiros no último dia 8, morreu em confronto com a polícia na tarde desta terça-feira (16) em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador. Segundo informações do portal G1 Bahia, a Polícia Militar informou que a morte de Ângelo Márcio da Silva Portugal, 20 anos, ocorreu durante uma incursão, no bairro Ilha de São João, de equipes da Operação Gêmeos e da 22ª CIPM, em ação conjunta com policiais civis do DHPP. De acordo com a polícia, as guarnições foram recebidas a tiros por Ângelo, que foi atingido após o revide dos agentes. O policial vítima do homicídio foi baleado no dia 4. Ele entregava uma torta na Rua Thomaz Gonzaga, em Pernambués, e foi socorrido para o Hospital Geral Roberto Santos, onde chegou a passar por cirurgia. Ele morreu quatro dias depois na unidade médica.

Criança morre após ser atropelada em Simões Filho

Criança morre após ser atropelada em Simões Filho

Um menino de 7 anos morreu após ser atropelado por um carro, na tarde desta terça-feira (16), no município de Simões Filho, localizado na região metropolitana de Salvador.

De acordo com informações da Central de Polícia (Centel), o acidente ocorreu por volta das 17h30, na Estrada das Pedreiras, na localidade conhecida como Cassange. Não há informações sobre as circunstâncias do acidente.

Ainda segundo a Centel, a criança, de iniciais C.S. de A., chegou a ser socorrida para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimento. A mulher que conduzia o veículo foi encaminhada para a 22ª Delegacia, no município de Simões Filho.

Em carta, Dilma diz acolher crítica a erros e propõe plebiscito sobre eleição

Em carta, Dilma diz acolher crítica a erros e propõe plebiscito sobre eleição

A presidente afastada Dilma Rousseff divulgou nesta terça-feira (16), no Palácio da Alvorada, uma carta batizada de "Mensagem ao Senado e ao povo brasileiro" na qual ela diz ter acolhido com "humildade" críticas duras que ouviu nos últimos meses a erros cometidos e a políticas que não foram adotadas pelo seu governo. Na mensagem, ela também propõe a realização de um plebiscito para consultar o eleitorado sobre uma eventual antecipação das eleições presidenciais de 2018.

O manifesto de quatro páginas foi apresentado pela própria Dilma em uma entrevista coletiva realizada na residência oficial da Presidência da República e transmitida na página da petista no Facebook.

O principal objetivo da mensagem é tentar obter o apoio, no julgamento final do processo impeachment, de senadores que ainda estão indecisos. Ela começará a ser julgada no Senado em 25 de agosto.


Dilma não esclareceu no texto quando seria realizado o plebiscito e nem se ela apoiaria a consulta caso o Senado confirme seu afastamento da Presidência.

"Na jornada para me defender do impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade e determinação para que possamos construir um novo caminho", diz trecho da carta.

""Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, seja pelas práticas políticas questionáveis, a exigir uma profunda transformação nas regras vigentes. Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições", escreveu a petista em outro trecho do manifesto.

Mais cedo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou em uma entrevista coletiva que fazer um plebiscito para consultar a opinião do eleitorado sobre eventual antecipação das eleições presidenciais "não é bom" para o país.
Em abril, no entanto, Renan havia afirmado a jornalistas que via "com bons olhos" a possibilidade de antecipar a eleição presidencial. Na ocasião, Dilma ainda não havia sido afastada temporariamente do comando do Palácio do Planalto por decisão do Senado, e Renan demonstrava ambiguidade em suas manifestações em relação ao impeachment.

Reforma política
Além de propor o plebiscito, a presidente afastada também defendeu a aprovação de uma "ampla e profunda" reforma polífica no país com o objetivo, segundo ela, de moralizar as campanhas eleitorais e dar mais poderes aos eleitores.
A presidente afastada sugeriu ainda um “pacto nacional baseado em eleições livres e diretas” a fim de fortalecer “os valores do estado democrático de direito”.

Ela culpou o Legislativo por não ter conseguido, durante seu segundo mandato, aprovar medidas econômicas necessárias para a retomada do crescimento do país.

“Desde o início do meu segundo mandato, medidas, ações e reformas necessárias para o país enfrentar a grave crise econômica foram bloqueadas e as chamadas “pautas-bomba” foram impostas sob a lógica irresponsável do quanto pior melhor. (...) Houve um esforço excessivo para desgastar o governo.”

'Golpe de estado'
Ao longo do documento, Dilma reafirmou que há provas irrefutáveis que provam a sua inocência da acusação de crime de responsabilidade, destacou que a Constituição não prevê afastamento por "desconfiança" e ressaltou que, caso ela seja impedida de continuar seu mandato isso, na opinião dela, caracterizará um "golpe de estado".

"Quem afasta o presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições. Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta", enfatizou.
No encerramento da carta, a petista fez um apelo aos senadores para que não cometam o que ela classificou de uma “injustiça” ao condenar uma inocente.

A petista também comparou a atual situação política do país com o tempo em que foi presa pelo regime militar na década de 1970. Segundo a presidente afastada, ela teve que resistir “ao cárcere e à tortura”, mas não gostaria de ter que resistir “à fraude e a mais infame injustiça”.
“O que peço aos senadores e senadoras é que não se façam a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente. A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperança. Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de não ter que resistir à fraude e à mais infame injustiça”, declarou na mensagem dirigida ao Senado.

Nova carta à nação
A carta divulgada por Dilma foi escrita ao longo das últimas semanas com contribuições de alguns dos principais conselheiros políticos da petista, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e os ex-ministros Ricardo Berzoini, Jaques Wagner e José Eduardo Cardozo.

A divulgação da carta dirigida à nação segue a mesma linha adotada por Lula, em 2002, quando ele disputou a Presidência pela quarta vez. Na ocasião, o petista enfrentava resistência do mercado financeiro, que temia uma guinada na política econômica.
No manifesto, Lula se comprometeu a manter as linhas gerais da política econômica que havia sido instituída pelo governo Fernando Henrique Cardoso.

Leia abaixo a íntegra da carta divulgada nesta terça-feira pela presidente afastada:
Mensagem da Presidenta Dilma ao Senado e ao Povo Brasileiro

Brasília, 16 de agosto de 2016
Dirijo-me à população brasileira e às Senhoras Senadoras e aos Senhores Senadores para manifestar mais uma vez meu compromisso com a democracia e com as medidas necessárias à superação do impasse político que tantos prejuízos já causou ao País.
Meu retorno à Presidência, por decisão do Senado Federal, significará a afirmação do Estado Democrático de Direito e poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política.
Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender do impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade e determinação para que possamos construir um novo caminho.
Precisamos fortalecer a democracia em nosso País e, para isto, será necessário que o Senado encerre o processo de impeachment em curso, reconhecendo, diante das provas irrefutáveis, que não houve crime de responsabilidade. Que eu sou inocente.
No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a desconfiança política para afastar um Presidente. Há que se configurar crime de responsabilidade. E está claro que não houve tal crime. Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”.
Quem afasta o Presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições. Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de estado. O colégio eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um inequívoco golpe seguido de eleição indireta.
Ao invés disso, entendo que a solução para as crises política e econômica que enfrentamos passa pelo voto popular em eleições diretas. A democracia é o único caminho para a construção de um Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social. É o único caminho para sairmos da crise.
Por isso, a importância de assumirmos um claro compromisso com o Plebiscito e pela Reforma Política. Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, seja pelas práticas políticas questionáveis, a exigir uma profunda transformação nas regras vigentes.
Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral. Devemos concentrar esforços para que seja realizada uma ampla e profunda reforma política, estabelecendo um novo quadro institucional que supere a fragmentação dos partidos, moralize o financiamento das campanhas eleitorais, fortaleça a fidelidade partidária e dê mais poder aos eleitores.
A restauração plena da democracia requer que a população decida qual é o melhor caminho para ampliar a governabilidade e aperfeiçoar o sistema político eleitoral brasileiro. Devemos construir, para tanto, um amplo Pacto Nacional, baseado em eleições livres e diretas, que envolva todos os cidadãos e cidadãs brasileiros.
Um Pacto que fortaleça os valores do Estado Democrático de Direito, a soberania nacional, o desenvolvimento econômico e as conquistas sociais. Esse Pacto pela Unidade Nacional, o Desenvolvimento e a Justiça Social permitirá a pacificação do País.
O desarmamento dos espíritos e o arrefecimento das paixões devem sobrepor-se a todo e qualquer sentimento de desunião. A transição para esse novo momento democrático exige que seja aberto um amplo diálogo entre todas as forças vivas da Nação Brasileira com a clara consciência de que o que nos une é o Brasil.
Diálogo com o Congresso Nacional, para que, conjunta e responsavelmente, busquemos as melhores soluções para os problemas enfrentados pelo País. Diálogo com a sociedade e os movimentos sociais, para que as demandas de nossa população sejam plenamente respondidas por políticas consistentes e eficazes.
As forças produtivas, empresários e trabalhadores, devem participar de forma ativa na construção de propostas para a retomada do crescimento e para a elevação da competitividade de nossa economia.
Reafirmo meu compromisso com o respeito integral à Constituição Cidadã de 1988, com destaque aos direitos e garantias individuais e coletivos que nela estão estabelecidos. Nosso lema persistirá sendo “nenhum direito a menos”.
As políticas sociais que transformaram a vida de nossa população, assegurando oportunidades para todas as pessoas e valorizando a igualdade e a diversidade deverão ser mantidas e renovadas. A riqueza e a força de nossa cultura devem ser valorizadas como elemento fundador de nossa nacionalidade.
Gerar mais e melhores empregos, fortalecer a saúde pública, ampliar o acesso e elevar a qualidade da educação, assegurar o direito à moradia e expandir a mobilidade urbana são investimentos prioritários para o Brasil. Todas as variáveis da economia e os instrumentos da política precisam ser canalizados para o País voltar a crescer e gerar empregos.
Isso é necessário porque, desde o início do meu segundo mandato, medidas, ações e reformas necessárias para o País enfrentar a grave crise econômica foram bloqueadas e as chamadas pautas-bomba foram impostas, sob a lógica irresponsável do “quanto pior, melhor”.
Houve um esforço obsessivo para desgastar o governo, pouco importando os resultados danosos impostos à população. Podemos superar esse momento e, juntos, buscar o crescimento econômico e a estabilidade, o fortalecimento da soberania nacional e a defesa do pré-sal e de nossas riquezas naturais e minerárias.
É fundamental a continuidade da luta contra a corrupção. Este é um compromisso inegociável. Não aceitaremos qualquer pacto em favor da impunidade daqueles que, comprovadamente, e após o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa, tenham praticado ilícitos ou atos de improbidade.
Povo brasileiro, Senadoras e Senadores,
O Brasil vive um dos mais dramáticos momentos de sua história. Um momento que requer coragem e clareza de propósitos de todos nós. Um momento que não tolera omissões, enganos, ou falta de compromisso com o País.
Não devemos permitir que uma eventual ruptura da ordem democrática baseada no impeachment sem crime de responsabilidade fragilize nossa democracia, com o sacrifício dos direitos assegurados na Constituição de 1988. Unamos nossas forças e propósitos na defesa da democracia, o lado certo da História.
Tenho orgulho de ser a primeira mulher eleita presidenta do Brasil. Tenho orgulho de dizer que, nestes anos, exerci meu mandato de forma digna e honesta. Honrei os votos que recebi.
Em nome desses votos e em nome de todo o povo do meu País, vou lutar com todos os instrumentos legais de que disponho para assegurar a democracia no Brasil. A essa altura todos sabem que não cometi crime de responsabilidade, que não há razão legal para esse processo de impeachment, pois não há crime.
Os atos que pratiquei foram atos legais, atos necessários, atos de governo. Atos idênticos foram executados pelos presidentes que me antecederam. Não era crime na época deles, e também não é crime agora.
Jamais se encontrará na minha vida registro de desonestidade, covardia ou traição. Ao contrário dos que deram início a este processo injusto e ilegal, não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros e não recebi propina de ninguém.
Esse processo de impeachment é frágil, juridicamente inconsistente, um processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente.
O que peço às senadoras e aos senadores é que não se faça a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente.
A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperança. Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de não ter que resistir à fraude e à mais infame injustiça. Minha esperança existe porque é também a esperança democrática do povo brasileiro, que me elegeu duas vezes Presidenta.
Quem deve decidir o futuro do País é o nosso povo. A democracia há de vencer.
Dilma Rousseff